Cabo Verde entre os países com maior taxa de criminalidade do mundo

26-01-2012 22:45

Cabo Verde encontra-se na 17ª posição entre 60 Estados do mundo com maiores taxas de criminalidade, com um índice de 44,7 crimes por cada mil habitantes, estando à frente de países como a Índia e a Estónia. 

Segundo o jornal “A Nação”, na edição de hoje, o arquipélago é superado pela República Dominicana, Estados Unidos, Holanda, África do Sul, Alemanha e França.

O semanário, cintando o Relatório da Caracterização e Diagnóstico da Câmara Municipal da Praia (CMP) elaborado no âmbito do Plano de Desenvolvimento Municipal (PDM), indica que dados da Polícia Nacional confirmam que em 2011 foram registados 56 homicídios voluntários em Cabo Verde contra os 36 de 2010.

Os crimes cometidos em 2011 rondam os 22 mil, sendo cerca de 12 mil contra pessoas e 10.500 contra propriedades, quando em 2010 esse número ficou em cerca de 21 mil, adianta a mesma fonte.

O concelho da Praia lidera esse índice, com 67,6 crimes por mil habitantes, o que poderá ter como causa o recrudescimento da criminalidade juvenil na capital do país, onde foram cometidos 33 homicídios voluntários em 2011 e 16 em 2010, diz o jornal.

No capítulo da sinistralidade rodoviária, afiança que Cabo Verde ocupa o quinto lugar mundial num total de 20 países com maiores taxas de acidentes nas estradas rodoviários.

As estatísticas confirmam um total de 13,6 mortes por cada 100 mil habitantes, estando à frente da Itália, Irlanda e Alemanha, entre outros países.

Com base em dados fornecidos pela Direcção-Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR), o “A Nação” destaca que, até o penúltimo trimestre de 2011, Cabo Verde somava, para os últimos 10 anos, 35.405 acidentes que resultaram em 8.456 feridos e 619 mortes.

O índice de mortalidade atingiu 12,6 por cento por cada 100 mil habitantes, conclui o semanário.

Há menos de um mês, o Conselho de Ministros Especializado sobre a Reforma do Estado e Desenvolvimento Institucional avançou com um conjunto de medidas para combater a violência urbana e os narcotraficantes, dando prioridade ao combate à pequena criminalidade e delinquência urbana.

Uma ampla campanha nacional de recolha de armas foi outra das medidas tomadas pelo Governo, informando, na altura, que circulam no país cerca de 6.500 a 8.500 armas ilegais.

DR
Inforpress/Fim