Durante a conversa telefónica com Georges Papandreou, que partiu da iniciativa do líder líbio, Kadhafi alertou que “todos os ataques à segurança e à estabilidade da Líbia terão forçosamente repercussões na segurança do norte de África e, portanto, no Mediterrâneo e na Europa”, referiu a agência noticiosa Jana.
“A Grécia é um país amigo da Líbia e pode transmitir este conselho aos países da União Europeia (UE)”, acrescentou a agência, sem adiantar mais pormenores da conversa.
Este aviso de Kadhafi é divulgado poucos dias antes da realização em Bruxelas de uma reunião de urgência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na quinta-feira, e da cimeira dos 27, na sexta-feira, onde também se irá debater a situação vivida no norte de África.
Nos mesmos dias, também em Bruxelas, reúnem-se os ministros da Defesa da NATO, com a situação na Líbia no "topo da agenda" dos trabalhos.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, já confirmou que a Aliança Atlântica está a examinar todos os cenários, esclarecendo, no entanto, que a organização só terá um papel operacional caso exista uma solicitação por parte das Nações Unidas.
“A única opção militar viável é a aplicação de uma zona de exclusão aérea. Uma intervenção militar direta com soldados no terreno está excluída”, afirmou um alto responsável da NATO, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.