Primeiro-ministro diz que está para breve acordo CEDEAO-CPLP sobre reformas

04-02-2012 21:01

 

 

    O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse quinta-feira acreditar que está para muito breve a assinatura de um acordo para que "finalmente" sejam desbloqueadas verbas para a reforma das forças de defesa e segurança, noticiou a Lusa.  
 
O Primeiro-ministro chegou quinta-feira a Bissau depois de ter participado na Etiópia na cimeira da União Africana (UA), no passado fim-de-semana. 

"Penso que se vai chegar a um acordo, finalmente, para que o protocolo seja rubricado. A partir desse protocolo imediatamente lançaremos o fundo de pensões, do qual já temos uma lista, que nos foi facultada pelo Ministério da Defesa e pelo Ministério do Interior", disse o Primeiro-ministro guineense. 

A reforma das forças de defesa e segurança implica a aposentação de centenas de elementos das forças armadas e da polícia, mas o Governo não tem dinheiro para pagar essas reformas, o que tem estado a ser negociado com outros países e instituições.

 A CEDEAO e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) são duas instituições importantes no processo, mas ainda não chegaram a acordo. 

 Num encontro à margem da recente cimeira da UA, disse o Primeiro-ministro, debateu-se não só a reforma das forças de defesa e segurança "mas também o apoio imediato que deve ser dado à Guiné-Bissau" com vista ao lançamento da economia do país, através de um encontro de doadores que está previsto para o primeiro trimestre deste ano.  

 "A Guiné Equatorial deu um apoio fundamental para que os doadores fossem sensibilizados. O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que o Governo está pronto, desde que seja apresentado um projecto a coberto da CEDEAO com a CPLP, para imediatamente financiar o setor da defesa e segurança", disse também Carlos Gomes Júnior.  

 No âmbito da viagem à Etiópia, o Primeiro-ministro manteve também encontros com o chefe do Governo da Guiné-Conakry, para "debater estrangulamentos da cooperação", com o Primeiro-ministro do Togo, com quem debateu a cooperação entre os dois países, e com o Presidente do Senegal, onde se inicia domingo uma campanha eleitoral num ambiente de grande tensão.

 

Fonte: Angop