Ministra Adiatu Djaló passa a chefiar Governo

09-02-2012 22:09

 


 A ministra da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Adiatu Djaló Nandigna, vai assumir a chefia do Governo guineense, substituindo o actual primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, candidato às presidenciais de 18 de Março de 2012. 

Foi o próprio Carlos Gomes Júnior quem o disse hoje, em declarações aos jornalistas, no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) onde depositou formalmente a candidatura para as eleições de Março. 

Indagado directamente sobre quem o vai substituir na chefia do Governo, Carlos Gomes Júnior disse que, tal como acontece quando se ausenta do país, será Adiatu Nandingna, que é também a ministra da Comunicação Social, dos Assuntos Parlamentares e porta-voz do Governo. E que é também a directora da campanha da sua candidatura. 

"Nas minhas ausências, naturalmente é a ministra da Presidência que chefia o Governo", afirmou Gomes Júnior para logo explicar que o novo primeiro-ministro só será conhecido depois das eleições presidenciais.  

"Naturalmente só depois da vitória e da tomada de posse terei o mandato para nomear um novo chefe do Governo", respondeu Carlos Gomes Júnior, quando perguntado se ia renunciar ao seu mandato como primeiro-ministro. 

Sobre os aparentes apoios que teve hoje de milhares de pessoas quando foi depositar a sua candidatura no STJ, Gomes Júnior disse ser "sinal de confiança do povo" na sua pessoa o que, sublinhou, faz pensar numa "vitória folgada" nas presidenciais.

O ainda primeiro-ministro abordou também, a pedido os jornalistas, as dificuldades financeiras da Comissão Nacional de Eleições (CNE), para dizer que a situação será resolvida "com a ajuda dos parceiros" da Guiné-Bissau. 

Carlos Gomes Júnior, com a mulher e com Adiatu Nandingna, chegou ao STJ acompanhado por milhares de apoiantes em festa, muitos vindos do interior do país e que começaram a chegar a Bissau pela manhã. 

Acompanharam a caravana cerca de uma dezena de camiões, carregados de jovens e de música, e muita gente a pé, com bandeiras do partido (PAIGC) mas também de apoio ao candidato. 

 

Fonte: Angop